sexta-feira, 29 de abril de 2016

Saberes Docentes

Saberes docentes são os instrumentos físicos ou subjetivos que um professor utiliza para atingir o objetivo de seu trabalho. Mas, afinal, qual é o objetivo final do trabalho do professor?

Após diversas opiniões, fomos direcionados a repensar a visão generalizada de que professor é "passar o conhecimento, dar aulas e notas". Contudo, ser professor vai além dessas coisas, que estão longe de serem os objetos principais de sua atuação. Na verdade, entendemos hoje que o professor é aquele que propicia a interação do estudante com as teorias científicas. A forma dessa interação, os métodos e estratégias são parte dos saberes docentes!
Mais ainda, consideramos que o professor de êxito deve possuir e também agir com as seguintes diretrizes:

- Ser resiliente;
- Dominar TIs e criar formas de associá-las aos conteúdos ministrados;
- Observar e conversar com outros professores;
- Refletir sobre a própria prática;
- Observar a realidade do aluno;
- Entender o sistema educacional em que está inserido;
- Estar disposto a aprender sempre, principalmente com os alunos.

Contudo, não deixamos aqui uma fórmula pronta para ser um professor de sucesso. Apenas consideramos tais características essenciais, intrínsecas à prática. Talvez o que mais tenha chamado nossa atenção seja a importância do professor ser um sujeito humano e que necessita interagir com todos: alunos, professores, coordenadores e pais. O diálogo é a ação mais eficiente e pode definir o êxito ou o fracasso dos mais novos. Que saibamos utilizar tais saberes!

domingo, 24 de abril de 2016

O bom (ou mal) professor

Em certa aula da faculdade, fomos questionadas com a seguinte questão:

Ser um bom ou mal professor resulta da sua formação ou não?

Após refletirmos e vermos o posicionamento dos alunos diante da pergunta, deixamos a seguir a nossa opinião a respeito do tema.

Como futuras docentes em matemática, enfrentaremos uma realidade bem distante dos currículos de formação universitária. Receberemos alunos provenientes de um ciclo básico inicial frágil e deficiente no currículo matemático. Geralmente, isso se dá por conta de uma generalizada aversão à matéria por parte dos docentes do ensino fundamental I, o que não deveria ocorrer. Consequentemente, temos alunos fracos e um sistema de ensino que não é nem um pouco motivador para eles. Como professoras, devemos estar em condições de analisar o ambiente adverso e utilizar toda a carga teórica universitária para melhorá-lo.

Além disso, os professores necessitam resignificar sua profissão. Mais ainda, os professores de matemática do ensino básico precisam se encontrar. Devem questionar como levar os estudantes ao interesse pela área já tão rejeitada, e adaptar o pensamento abstrato à realidade deles através de transposições pedagógicas.

Quanto mais estudamos, mais compreendemos a necessidade de uma formação direcionada com a prática em sala de aula. Itens como o trato com alunos portadores de necessidades especiais são relevantes e indispensáveis.

Portanto, devemos investir em métodos pedagógicos, conhecê-los e utilizá-los. Devemos estar constantemente insatisfeitos com a prática. Assim, amadureceremos pessoal e profissionalmente com tal reflexão.



domingo, 10 de abril de 2016

Opinião - Formação Docente por Competências

Olá colegas! depois de quase um mês sem postarmos, voltamos à ativa!


Política de Competências - uma breve opinião
No dia 27 de abril, tivemos a oportunidade de assistir a um seminário baseado no artigo Competências na Formação de Professores no Brasil: o que não há de novo, de Rosanne Dias e Alice
Lopes, realizado por alguns alunos da disciplina de Profissão Docente do nosso curso, e fomos incentivados a mostrarmos nossa opinião sobre o tema em questão.

As políticas educacionais brasileiras são alvos constantes das mudanças de governo no Brasil. Desde a aprovação da LDB em 1996, o conceito de formação de professores também passou por reformulações consideráveis, visto que a educação está ser associada ao desenvolvimento do capital financeiro. Educar é, atualmente, um mecanismo de proliferação da mão de obra humana.

Dentro deste contexto, a formação docente recebeu uma nova intervenção na década de 1990. A chamada formação por competências surge no Brasil, trazendo mais contradições ao trabalho dos professores. Segundo documentos das reformas curriculares da formação docente após 1996, competência é definida como a capacidade de mobilizar múltiplos recursos: teóricos, experienciais e pessoais para atender às diversas demandas do cotidiano em sala de aula. O artigo buscou desconstruir a ideia de que um currículo por competência é necessário e suficiente para a qualidade do trabalho docente.

Inicialmente, vê-se que os interesses locais definem as diretrizes políticas em educação, assim como os globais. Em virtude do mercado capitalista, a formação dos alunos está condicionada aos interesses econômicos vigentes. Tais políticas dão resultado de "ideias de diferentes contextos, fragmentos de teorias e práticas já experimentadas em outros locais". Há então a tradução e recontextualização de tais ideias, segundo o local de sua aplicação.

Isso ocorreu com as políticas de competências. A ideia surgiu e se desenvolveu pelos norte-americanos nas décadas de 1960 e 1970. Basicamente, consistia-se em tornar o professor um gerente da aprendizagem, não cabendo a ele a reflexão para o trabalho, e sim a garantia do alcance das metas estabelecidas pela direção escolar. Ou seja, o professor era restringido, deixando em segundo plano o exercício da criatividade, capacidade intelectual e política.

Desta forma, as ideias americanas foram trazidas ao contexto brasileiro na década de 1990, e difundiu-se a ideia de que alunos de sucesso possuíam professores eficientes, ou seja, com os comportamentos básicos desejáveis. O controle do trabalho docente se acentuou, levando os professores a perseguir os padrões estabelecidos como corretos para manterem sua empregabilidade. Essa política trouxe, portanto, muita ansiedade à categoria.

Os documentos defendem que a formação insuficiente dos professores pode ser superada pelo desenvolvimento do professor por competências, onde o controle e avaliação da aprendizagem e do profissional são estimuladas, mas coloca em segundo plano o conhecimento teórico e a experiência pedagógica individual. Assim, a prática tem maior relevância comparada com a formação acadêmica e política.

Com o seminário e pela análise do artigo, concluímos que a formação docente deve considerar o comportamento do professor, mas sem negligenciar o saber teórico e a reflexão política do futuro docente. De outra forma, a longo prazo, colheremos o fruto de profissionais que apenas reproduziram uma certa quantidade de descobertas científicas que favorecem a manutenção do sistema do capital, com uma geração que não foi ensinada a criticar o ambiente, as relações sociais, políticas, econômicas e sua própria conduta. O professor necessita de liberdade intelectual e deve ser incentivado a utilizá-la no ambiente escolar, o que terá resultados certamente positivos aliado a uma conduta ética e profissional em sala de aula. A busca pela excelência em sua função se deve pelo compromisso que tem como cidadão, e não devido à pressão exercida por políticas educacionais oriundas de reformas de governo baseadas, geralmente, nos interesses de uma minoria.