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Política de Competências - uma breve opinião |
Lopes, realizado por alguns alunos da disciplina de Profissão Docente do nosso curso, e fomos incentivados a mostrarmos nossa opinião sobre o tema em questão.
As políticas educacionais brasileiras são alvos constantes das mudanças de governo no Brasil. Desde a aprovação da LDB em 1996, o conceito de formação de professores também passou por reformulações consideráveis, visto que a educação está ser associada ao desenvolvimento do capital financeiro. Educar é, atualmente, um mecanismo de proliferação da mão de obra humana.
Dentro deste contexto, a formação docente recebeu uma nova intervenção na década de 1990. A chamada formação por competências surge no Brasil, trazendo mais contradições ao trabalho dos professores. Segundo documentos das reformas curriculares da formação docente após 1996, competência é definida como a capacidade de mobilizar múltiplos recursos: teóricos, experienciais e pessoais para atender às diversas demandas do cotidiano em sala de aula. O artigo buscou desconstruir a ideia de que um currículo por competência é necessário e suficiente para a qualidade do trabalho docente.
Inicialmente, vê-se que os interesses locais definem as diretrizes políticas em educação, assim como os globais. Em virtude do mercado capitalista, a formação dos alunos está condicionada aos interesses econômicos vigentes. Tais políticas dão resultado de "ideias de diferentes contextos, fragmentos de teorias e práticas já experimentadas em outros locais". Há então a tradução e recontextualização de tais ideias, segundo o local de sua aplicação.
Isso ocorreu com as políticas de competências. A ideia surgiu e se desenvolveu pelos norte-americanos nas décadas de 1960 e 1970. Basicamente, consistia-se em tornar o professor um gerente da aprendizagem, não cabendo a ele a reflexão para o trabalho, e sim a garantia do alcance das metas estabelecidas pela direção escolar. Ou seja, o professor era restringido, deixando em segundo plano o exercício da criatividade, capacidade intelectual e política.
Desta forma, as ideias americanas foram trazidas ao contexto brasileiro na década de 1990, e difundiu-se a ideia de que alunos de sucesso possuíam professores eficientes, ou seja, com os comportamentos básicos desejáveis. O controle do trabalho docente se acentuou, levando os professores a perseguir os padrões estabelecidos como corretos para manterem sua empregabilidade. Essa política trouxe, portanto, muita ansiedade à categoria.
Os documentos defendem que a formação insuficiente dos professores pode ser superada pelo desenvolvimento do professor por competências, onde o controle e avaliação da aprendizagem e do profissional são estimuladas, mas coloca em segundo plano o conhecimento teórico e a experiência pedagógica individual. Assim, a prática tem maior relevância comparada com a formação acadêmica e política.
Com o seminário e pela análise do artigo, concluímos que a formação docente deve considerar o comportamento do professor, mas sem negligenciar o saber teórico e a reflexão política do futuro docente. De outra forma, a longo prazo, colheremos o fruto de profissionais que apenas reproduziram uma certa quantidade de descobertas científicas que favorecem a manutenção do sistema do capital, com uma geração que não foi ensinada a criticar o ambiente, as relações sociais, políticas, econômicas e sua própria conduta. O professor necessita de liberdade intelectual e deve ser incentivado a utilizá-la no ambiente escolar, o que terá resultados certamente positivos aliado a uma conduta ética e profissional em sala de aula. A busca pela excelência em sua função se deve pelo compromisso que tem como cidadão, e não devido à pressão exercida por políticas educacionais oriundas de reformas de governo baseadas, geralmente, nos interesses de uma minoria.