quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Formação de Professores no Brasil

O vídeo abaixo mostra uma entrevista com o professor Marcos Lorieri, da PUC - São Paulo. Ele relata as mudanças ocorridas no currículo de formação de professores no Brasil, iniciando com as chamadas Escolas Normais e resultando nos atuais cursos de Pedagogia com habilitação docente para séries iniciais.





Inicialmente, no século XIX, os professores passavam pela formação docente nas denominadas Escolas Normais. Nessas instituições, os futuros professores estudavam conteúdos específicos para o ensino, desde o conteúdo a métodos de aulas. Entretanto, após o Golpe Militar, ocorre a reformulação de diretrizes da Educação, chamada de Lei de Diretrizes e Bases, que unifica o Ensino Médio e torna-o também profissionalizante. Além disso, as escolas normais são substituídas pela formação para Magistério, atrelada ao novo Ensino Médio como opção profissionalizante. Segundo Lorieri, a mudança foi desastrosa.

Daí então, com o fim das escolas normais, tudo virou uma mesma coisa, ensino médio com ensino do 2° grau e habilitações, e a formação dos professores para as séries iniciais foi dada como habilitação para o magistério, conhecida como HEN - Habilitação Específica para o Magistério. Com isso, tivemos imensa perda, pois a formação para os professores não existiu mais como antes.

A vantagem da escola normal na época era por estar completamente voltada a forma de aprendizados, e que habilidades tinham que exercer para isso. Também era ensinado os conteúdos específicos que deveriam ser transmitidos.

As dificuldades começaram a surgir. Qualquer pessoa formada em letras, história, ou outra disciplina, poderia lecionar em qualquer outra desde que passasse em um concurso, como os da rede pública, e desta forma poderiam ensinar tanto a alunos do ensino médio, como também a professores de turmas primárias. A rotatividade era imensa, pois aqueles que atingiam a pontuação necessária para lecionar no magistério saíam do ensino básico.Entretanto, este era um professor qualquer, que muitas vezes não havia recebido formação formal para transmitir aos futuros professores das séries primárias.

Com o passar do tempo, houve o projeto CEFAM (Centros de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério), que buscava revitalizar a essência das escolas normais no sistema vigente. O programa CEFAM atribuiu muitos benefícios, mas não foi duradouro. Foi uma experiência rica, pois muitos alunos não foram para o ensino primário antigo, e já foram para as universidades.

Neste período todo, após os anos de 1996, abrangeu-se então um requisito que dizia-se que os professores das turmas primárias tinham que ser formados nas universidades federais. Porém, limitava-se a licenciatura ou pedagogia, e eis então outra questão, pois era na verdade um programa, acoplado aos bacharelados antigos, que traziam uma formação muito rápida em didática, ensino e instruções metodológicas.

Os programas das licenciaturas, eram destinados a formação dos professores para o 5° ano em diante. De maneira mais grave, a Lei  trouxe uma ambiguidade de interpretação, e hoje tem-se abertura para que habilitados em Magistério continuem lecionando, dependendo do processo de seleção das instituições de ensino. Formalmente, o curso de formação para professores das séries iniciais é o de Pedagogia, que também instrui outros profissionais envolvidos na educação que não são professores.

Atualmente, o debate em vigor ainda é: como formar um bom professor?

Para complementar o assunto, temos um mapa conceitual sobre a história da formação docente no Brasil, baseado no artigo de Demerval Saviani "História da Formação Docente no Brasil: três momentos decisivos" disponível aqui:



Para complementar o tema, fizemos a análise de mais dois vídeos:




Segundo Bernadete Gatti, temos que ter um bom desenvolvimento, para assim aplicá-lo num ambiente escolar. As salas de aulas são formadas por pessoas de várias etnias e crenças, e o lado pedagógico deve proporcionar a confirmação dessa diversidade.

Na base do ensinamento, a identidade-professor não está conectada a nós, de um certo modo amplo, pois isso é algo que se aprende após o magistério, indo às turmas. Devemos ter noção de onde e para onde estamos indo. Temos que absorver um conteúdo abrangente para saber lhe dar e acompanhar os avanços. Temos que obter um perfil de profissional.

Em cada escola existe um módulo de profissionais. Por isso devem-se fixar os professores e maximizá-los. Em determinadas situações, as diretrizes gerais que começaram a surgir, tomaram posse de algumas das decisões, onde deveria ter sido permitido que as instituições escolhessem os caminhos.

Existe uma precariedade dos insumos para o trabalho docente, pois temos em nosso meio um vácuo incrível, em que para cada tipo de aula, seja em biblioteca, sala de informática ou laboratório, é restrito e até medo vedado o uso para não ocorrer danos a escola, primeiro pela falta de professores, e segundo pelo excesso do trabalho em setores que não temos base.

Portanto, a entrada de insumo para o trabalho docente, deveria ser dirigida pela política e com parcerias, para que soluções de formação fossem alcançadas.


Cristina Silva e Milena Farias

domingo, 24 de janeiro de 2016

Mais um pouco de história - Docência no Brasil

Continuando a discussão sobre o início da Profissão Docente no Brasil iniciada por Milena Farias no blog, deixo para todos o mapa conceitual que criei do mesmo texto, A Trajetória Inicial da Profissão Docente no Brasil, de Elza Silva e Ana Cristina Souza (clique na imagem para ampliar):







Cristina Silva

Docência no Brasil - Um pouco de história

Ao ler o artigo A trajetória inicial da profissão docente no Brasil de Elza Silva e Ana Cristina Souza, fiz um mapa conceitual abordando a sequência histórica dos acontecimentos que definiram os primeiros professores do Brasil.

Para mais informações sobre mapas conceituais, veja Usando Mapas Conceituais em Sala de Aula, do nosso blog.

Lembro que o mapa conceitual esquematiza um conhecimento que uma pessoa já possui! Ou seja, alguém que não tem familiaridade com o conteúdo do mapa pode não compreender a maneira que os tópicos foram arranjados.

Ainda assim, vale à pena conferir (clique na imagem para visualizar em tamanho original):


Milena Farias

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Usando Mapas Conceituais em Sala de Aula

Você já ouviu falar sobre mapas conceituais? Eles são muito eficientes no nosso aprendizado, seja qual for o tema estudado. 

Um mapa conceitual tem o objetivo de resumir em palavras-chaves algum texto, aula, vídeo, ou qualquer informação mais extensa. 

Os professores podem revisar os conteúdos ministrados através desses esquemas, e podem ajudar os alunos a fixar os pontos mais importantes do tema estudado.

Na matemática, os mapas também tem o seu espaço. Podem ser básicos:

Volumes de Sólidos Geométricos



Polinômios e Operações

E com imagens:

Poliedros

Mais poliedros 




Se interessou? Logo abaixo deixamos o link para download do programa Cmaptools, que foi desenvolvido especialmente para a construção dos mapas conceituais:

Download: http://www.baixaki.com.br/download/cmaptools.htm


Bons estudos!

Cristina e Milena

domingo, 17 de janeiro de 2016

Sobre Generosidade Pedagógica - 2

A generosidade pedagógica como sentido particular, diz respeito a um termo de conjunções que generalizam em "Pedagogia do Oprimido". Esta pedagogia, partindo dos interesses egoístas dos opressores, egoísmo camuflado ou falsa generosidade, fez dos oprimidos objetos de humanização, onde mantém e encarna a própria opressão. Sobretudo, a generosidade de sentimentos que no seu caso se relaciona intrinsecamente com a teoria do conhecimento, tão generoso também, que possibilita o seu conhecimento ser multiplicado por educadores e cientistas das mais diversas áreas do saber. Com isso, o termo em si, diz-se que o mesmo possuía uma capacidade de escutar com atenção, respeitava e era respeitado, aceitando e valorizando a voz do outro. É desta maneira que concluo o termo generosidade pedagógica de Paulo Freire.

Cristina Silva

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A docência no Brasil

De maneira geral, a docência no Brasil é vista como uma função nobre e destinada apenas para os que possuem vocação. Ser professor é ser um pouco de tudo: mestre, pai, mãe, psicólogo, enfermeiro, cientista. Não é a carreira mais procurada ou sonhada por conta da desvalorização recebida, baixos salários e extrema dedicação exigida, mas aqueles que a escolhem acabam por marcar e fazer a diferença na vida dos que passam em suas mãos!

Milena e Cristina