Encerrando a disciplina de Profissão Docente, assistimos o último seminário que abordou os saberes docentes na educação à distância.
A educação a distância é uma modalidade de ensino onde o aluno não tem uma interação direta com o professor. Iniciou-se na época de Paulo de Tarso, apóstolo cristão que, pela inviabilidade de estar presente nas igrejas recém formadas, escrevia cartas instrutivas aos convertidos. Essas correspondências eram entregues a pé ou a cavalo, o que levava um tempo considerável para atingir o público destinado.
À medida em que as tecnologias de comunicação e transporte evoluíram, o ensino à distância passou a ser mais rápido e dinâmico. Com o surgimento dos correios, o tempo para entrega diminuiu. Em seguida, o rádio e a televisão foram utilizados, chegando até o uso da Internet.
Os cursos superiores à distância são legalizados e fiscalizados pelo Ministério da Educação (MEC). Consistem em cursos com disciplinas e avaliações, diferenciando-se do ensino presencial pela ausência física do professor, que se comunica através de video-aulas, fóruns e mensagens instantâneas (no caso da Internet). O acompanhamento mais próximo feito para o aluno é realizado por tutores, que interagem virtualmente.
Para tal atividade, o professor necessita de habilidades além das utilizadas em sala de aula presencialmente. Ele é responsável por preparar materiais específicos para as disciplinas, processo que envolve a análise e síntese de livros, artigos e pesquisas científicas. Além disso, o professor necessariamente precisa estar familiarizado com tecnologias de informação e saber utilizar com potencial tais recursos.
Desta forma, a sua responsabilidade é tão grande quanto sendo professor presencial. Infelizmente, os professores não recebem uma formação adequada para tal modalidade, exigindo a aprendizagem urgente de tais ferramentas. Conforme os desafios da interação surgem, o professor passa a questionar sua eficiência enquanto docente e necessita refletir sobre sua prática totalmente distinta dos cursos comuns.
Diante desta realidade, o Ministério da Educação tem realizado cursos de capacitação em ensino à distância para professores. Entretanto, os pesquisadores da educação defendem que tal habilidade deve ser adquirida ainda na graduação, visto que a internet tem sido utilizada também por alunos de cursos presenciais para revisão de conteúdos e estudos. Os módulos e video-aulas são geralmente disponibilizadas ao público e extrapolam o alcance desejado. Afinal, quem nunca assistiu uma aula no Youtube sobre um assunto que não entendeu, ou estudou pelo material do EAD de outra universidade?
O mais interessante é que os cursos à distância recebem notas tão boas quanto os cursos presenciais, chegando a superá-los. Isso se deve principalmente a dois fatores: os materiais didáticos são escritos visando a autonomia do aluno ao estudar, ou seja, possuem uma sequência didática mais eficiente do que os livros adotados presencialmente, e os alunos da EAD necessitam de uma disciplina ainda maior para estudar, pois não têm o acompanhamento constante de um curso presencial. Isso os leva a um desempenho melhor nas avaliações.
Portanto, a EAD trouxe uma nova forma de ensinar, e como futuros professores, precisamos ter contato com tais habilidades, pois podemos explorar esse campo de trabalho tão instigante e construtivo!
Portanto, a EAD trouxe uma nova forma de ensinar, e como futuros professores, precisamos ter contato com tais habilidades, pois podemos explorar esse campo de trabalho tão instigante e construtivo!